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Investigação epidemiológica de cães domésticos que habitam o entorno do Parque Estadual Carlos Botelho - São Paulo, Brasil: Uma questão de saúde animal, ambiental e pública
O crescimento das áreas urbanas, aproximando o homem e os animais domésticos ao ambiente selvagem, aumenta a interação entre estas espécies e potencializa a transmissão de patógenos entre elas, gerando implicações na saúde pública e na conservação ambiental. O aparecimento de doenças infecciosas emergentes em animais silvestres pode levá-los à extinção. O maior contato do homem e dos animais domésticos com o ambiente silvestre tem sido cada vez mais frequente em diversas unidades de conservação do Brasil, como por exemplo no Parque Estadual Carlos Botelho (PECB), um dos maiores fragmentos de Mata Atlântica do Estado de São Paulo. Pesquisas relacionadas a novos patógenos ou monitoramento de patógenos já existentes são de extrema importância para fortalecer as políticas de prevenção e controle de doenças infecciosas emergentes.
Está sendo realizada investigação epidemiológica anual da população de cães domésticos domiciliados do entorno do PECB, por meio do diagnóstico sorológico de suas principais doenças infecciosas como brucelose, leptospirose, leishmaniose, toxoplasmose, cinomose, parvovirose, babesiose, erlichiose e diagnóstico direto de Leishmania sp., parvovirus e vírus da cinomose.
O resultado deste e dos outros projetos de pesquisa do "Programa Cãoservação", serão associados para compreensão do fluxo e ecologia de doenças no local. Bem como suas associações com as doenças dos animais silvestres do PECB. Assim, medidas de prevenção e controle relacionadas às doenças encontradas serão realizadas, tais como controle populacional e imunização de cães domésticos e educação em saúde e bem estar animal. Uma vez que as análises epidemiológicas serão realizadas em períodos concomitantes às estas ações as mesmas serão constantemente reavaliadas, com intuito de otimizar sua eficácia.
Estas análises laboratoriais estão sendo realizadas no Laboratório de Zoonoses bacterianas da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo e no Núcleo de Pesquisas em Zoonoses (NUPEZO) da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho-câmpus Botucatu", com colaboração do Prof. HElio Langoni e da Médica Veterinária residente Joeleni Rosa.
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